Sentindo a tristeza... Vejo os meus olhos. Minhas mãos a quererem alcançar algo. Algo que se perdeu entre tantos planos. Parece que já não posso sorrir. E o choro, o choro insiste. E lá está, tão bem aconchegada a tristeza em meu ser. Deixa estar. Silencio meus pensamentos. Respiro e sinto a minha dor. Não deveria ser assim... A tristeza não foi feita para mim. Observo como ela se move dentro de mim; vejo como esvazia o meu ser quando está na presença dela. E neste momento, só neste momento, percebo a presença de algo que insiste em iluminar-me. Algo que insiste para que compreenda que a tristeza se instala quando já não estou de acordo comigo mesma; quando algo se perdeu e não aceito; quando algo acabou e não concordo. A vida impõe momentos como estes para me mostrar a sua tamanha precisão em querer ensinar-me que sou mais, sou muito mais do que isto. Devo olhar para dentro, aceitar os factos e aprender com eles, sejam quais forem. Assim, eu asseguro o aprendizado, realizo a compreensão e resgato a paciência que me é necessária para superar momentos de tristeza, usufruindo da sabedoria eterna que me acompanha e serve-me, para que possa perceber que não estou só, que não há motivos para me estender na tristeza e, sim, na compreensão e no amadurecimento do meu ser.
